Costa Rica

O País:

Existem algumas curiosidades muito interessantes sobre esse país caribenho que conhecemos principalmente pela seleção de futebol: ele maravilhosamente não tem um exército, sendo uma dos poucos estados a tê-lo abolido, é um dos IDHs mais altos da América Central, e é a única nação que cumpre os cinco critérios requeridos de sustentabilidade ambiental. Parece um ótimo lugar, certo?

Sua história se confunde com a da maioria dos países da América Latina – era habitada por povos indígenas até a chegada de Cristóvão Colombo, em 1502, e se tornou colônia espanhola. Riquíssima em ouro, ganhou daí seu nome. A independência veio em 1821.

Uma pequena guerra civil assolou o país por um curto período de tempo no século XIX, com uma facção defendendo a soberania total, outra que preferia ser parte do Império Mexicano. Em 1838, o triunfo da primeira foi alcançado. Desde então, é um raro caso de prosperidade democrática entre os países latinos.

Interessado em conhecer esse lugar tão próximo e, pelo menos nisso, tão diferente? Você pode comprar uma passagem para a capital San José por cerca de 1437 dólares.

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O prato:

Tivemos problemas iniciais com a escolha da iguaria costa-riquenha. O motivo é que foi incomum: tudo parecia muito similar ao que comemos por aqui. A refeição nacional é, vejam vocês, arroz com feijão.

Após muita pesquisa e um pouco de tristeza, encontramos as chorreadas. Tratam-se de panquecas com a massa feita de milho e que podem ser doces ou salgadas. Normalmente, são servidas no café da manhã, mas também podem ser aproveitadas em outras refeições. Como nunca tínhamos visto por aqui algo parecido, decidimos que seria a escolha. E parecia promissor…

Os Ingredientes:

Para a massa:

4 ou 5 espigas de milho
1/4 de xícara de farinha de trigo
2 ovos
2 colheres de manteiga
1/3 de xícara de leite
Manteiga para cozinhar

Para a versão salgada:

Cream chesse a gosto
Bacon a gosto
1 dente de alho (na massa)
1 colher de orégano (na massa)

Para a versão doce:

1/2 xícara de açúcar (na massa)
Mel a gosto

Tudo muito simples. Esse é um raríssimo post no qual não precisamos fazer nenhuma observação sobre os ingredientes, já que você vai encontrá-los nos mercados da vizinhança e, melhor ainda, não vai gastar muito dinheiro. Continua parecendo promissor…

Modo de preparo:

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Nós também vamos te passar agora o modo de preparo mais simples da história desse blog: bata todos os ingredientes da massa juntos no liquidificador até tudo adquirir uma consistência única e bem mais frágil, depois coloque a quantidade esperada em uma frigideira amanteigada e frite por cerca de dois minutos de cada lado. Simples, simples, simples.

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Mas… [TRETA WARNING]

Não rolou. Não sabemos onde erramos, mas ou a massa não ficava sólida de forma alguma, ou ela queimava. Não importava o que fazíamos, existiam só essas duas opções. Nós seguimos a receita à risca e sabemos fazer panquecas convencionais, portanto, é uma grande dúvida qual foi o problema. Mentes iluminadas da gastronomia, ajudem-nos (e aos leitores)!

Nós erramos ou a receita é defeituosa? Deixamos para quem tentar fazê-la nos responder.

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Versão da massa: despedaçada

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Versão da massa: queimada

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Buen provecho!

As avaliações:

Por Carlos: Sem dúvidas, um dos nossos piores pratos até aqui. Os problemas com a massa foram gravíssimos, e comemos basicamente ela despedaçada – ou queimada. Cream chesse é maravilhoso em tudo, e isso ajudou um pouco na versão salgada, mas na doce, a combinação do açúcar com o mel tornou tudo extremamente enjoativo. Um desastre. Nota: 3.

Por Gabi: Um prato que, a princípio, me deixou muito empolgada. Talvez, por isso,  uma das maiores decepções do blog até aqui. Não ficou nada bom, a salgada tinha consistência estranha na boca, o gosto também não agradou, e a doce era insuportavelmente doce. Os recheios não salvaram e não deu pra comer muito. Nota: 4.

No próximo post, uma das fascinantes ex-repúblicas soviéticas do Báltico!